André Ataide, Eliésio Ataide e Moisés Assunção estão suspensos de suas atividades acadêmicas, na Universidade do Estado do Pará (Uepa). Eles são investigados por suspeita de fraudarem o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), para ingresso no curso de medicina da instituição.
A reportagem do CORREIO DE CARAJÁS esteve no campus da universidade estadual, em Marabá, na manhã desta segunda-feira, 4, e conversou com Danielle Monteiro, coordenadora da instituição de ensino, a qual repassou essa informação.
A decisão foi tomada na última sexta-feira, 1º, quando Clay Anderson Nunes Chagas, reitor da Uepa, emitiu uma decisão de medida cautelar de suspensão das atividades acadêmicas e do internato.
“Em virtude de um processo policial que está instaurado, que está tramitando, a universidade instalou um Processo Administrativo Disciplinar para apurar os fatos relacionados aos três alunos de medicina”, explica Danielle.
A comissão terá prazo de 30 dias, prorrogáveis pelo mesmo período, para apresentar um relatório conclusivo ao reitor da Uepa. Este, por sua vez, terá mais 30 dias para decidir por algum tipo de sanção: advertência, suspensão ou desligamento da universidade.
O semestre letivo na Uepa iniciou nesta segunda-feira e a presença de André, Eliésio e Moisés era uma incógnita até então. Burburinhos entre estudantes e a sociedade marabaense em geral, questionavam se os três iriam comparecer normalmente às aulas.
Agora, com a medida cautelar, o trio deve ficar afastado da universidade até que o trabalho da sindicância esteja finalizado. Diante de todas as circunstâncias, incluindo o inquérito policial que investiga as acusações, o futuro dos estudantes na universidade ainda é incerto.
RELEMBRE
André Ataide, Eliésio Ataide e Moisés Assunção, são investigados sob suspeita de fraudarem o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) para ingresso no curso de medicina da Universidade do Estado do Pará (Uepa). Ninguém foi preso até o momento.
A operação “Passe Livre”, deflagrada pela Polícia Federal em 16 de fevereiro, cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências dos suspeitos. Nas casas dos investigados foram apreendidos telefones celulares, provas do Enem de 2019 a 2023 e manuscritos.
A investigação verificou que André teria realizado provas do Enem de 2023 e 2022 no lugar de Moisés e Eliésio. Com base na nota conseguida através da prova, ambos foram aprovados em medicina pela Uepa.
A perícia da Polícia Federal constatou ainda que as assinaturas nos cartões de resposta e as redações não foram produzidas pelos inscritos nos processos seletivos do Enem. Para se passar por outros candidatos, André pode ter usado documentos falsos. Ele também cursa medicina na Uepa de Marabá.
As investigações seguem em andamento e também visam descobrir se existem outros aprovados irregularmente por meio do esquema fraudulento. Se confirmada a hipótese criminal, os investigados poderão responder pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso, entre outros.
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