Um inquérito da Polícia Federal investiga estudantes de medicina que foram aprovados por meio de fraude no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e em vestibulares de medicina da Faculdade de Ciências Médicas do Pará (Facimpa), do Grupo Afya, em Marabá, sudeste paraense.
O início das investigações começou após a Polícia Federal encontrar informações sobre o crime no celular do homem apontado como o chefe do esquema criminoso, André Rodrigues Ataíde, de 23 anos, que foi preso durante a Operação Passe Livre I e II e segue atualmente em liberdade provisória.
De acordo com o inquérito policial, as fraudes ocorreram durante anos e resultaram em dezenas de alunos aprovados em vestibulares de medicina com notas obtidas de forma fraudulenta, e todos estavam matriculados na Faculdade de Medicina do Grupo Afya.
Ainda segundo a PF, o alvo da operação, André Ataíde, atuava de forma organizada, tendo a colaboração de pelo menos 18 pessoas que o ajudavam no esquema ilegal, fraudando provas de vestibulares em troca de pagamentos em dinheiro, sendo a principal modalidade, a adulteração de provas online, aproveitando-se da vulnerabilidade dos sistemas de aplicação de provas remotas da Facimpa/Afya.
O suspeito cobrava R$2 mil por cada aprovação em vestibular de medicina e pedia a antecipação de metade do valor (mil reais), a título de caução, como forma de evitar possíveis calotes dos candidatos. Caso o "cliente" não fosse aprovado no exame, André devolvia o valor integral, como aconteceu em pelo menos dois casos.
Até agora o Grupo Afya não deu um posicionamento sobre as informações
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