Nesta terça-feira (31) irá ocorrer o julgamento de Jefferson Roger Maciel Barata, motorista de aplicativo que atropelou e matou, em Belém, o ex-lutador de MMA Rodrigo Goiano Lima, de 28 anos, mais conhecido como Rodrigo ‘Monstro’. O caso ocorreu em abril de 2019, em um posto de combustíveis no bairro Maracangalha. Conforme Omar Saré, advogado da família de Rodrigo, a audiência será às 8h, na sala do Júri do Fórum Criminal de Belém.
Durante o julgamento estarão presentes tanto a acusação quanto a defesa, para apresentar os elementos do caso ao Tribunal do Júri. Jefferson foi autuado por homicídio qualificado, por motivo torpe, fútil, considerado doloso, porque assumiu o risco de matar. O motorista de aplicativo também responde criminalmente por tentativa de homicídio, ao ter avançado com o carro contra uma mulher que acompanhava o lutador.
Conforme a Polícia Civil, Rodrigo foi atropelado e morto por Jefferson Barata, que seria motorista de aplicativo. O fato aconteceu por volta de 21h50 na avenida Júlio César, com a Passagem Jader Barbalho, área próxima ao canal São Joaquim. Segundo testemunhas que estavam dentro do veículo, Jefferson realizava uma viagem com Rodrigo e outras quatro mulheres. A vítima e o suspeito teriam discutido e, após o desentendimento, Rodrigo desceu do carro e teria sido surpreendido pelo condutor do veículo, que atropelou a vítima e fugiu. O ex-lutador morreu na hora. Uma mulher que estava caminhando ao lado dele conseguiu escapar.
Uma das mulheres que estava no veículo contou às autoridades que a discussão com o motorista de aplicativo começou após um desentendimento entre o condutor e uma das ocupantes, após a mulher pedir para ele ligar o som do carro. Segundo a testemunha, Jefferson gritou com a mulher e mandou todos descerem do carro. O lutador foi argumentar com o motorista pois eles estavam em uma área considerada “vermelha”, pelo índice de criminalidade, mas Jefferson teria mantido a decisão. Devido a situação, Rodrigo teria tentado atacar o motorista, mas nenhum soco atingiu Jefferson. Foi então que o suspeito desceu do veículo, tirou as malas dos ocupantes do carro e o grupo foi para o posto de combustíveis. Quando as pessoas caminhavam, o carro voltou na contramão e atingiu Rodrigo.
Jefferson se entregou às autoridades seis dias após o crime. Para a imprensa, Marco Antônio Araújo, o advogado do suspeito, contou outra versão que contradiz as testemunhas e ocupantes do carro. Segundo o advogado de Jefferson, o suspeito teria sido agredido pela vítima e não tinha intenção de matar ninguém.
“Disse que foi uma viagem tranquila até pedir para uma delas (passageiras) baixar o tom de voz. Eles disseram que não queriam mais e que iam descer do carro. Ele parou o carro, nem desligou o veículo e o 'Monstro' gritou e deu um soco que 'não pegou'. Depois deu uma sequência de socos nele (Jefferson)”, contou Marco Antônio. O motorista, então, teria aberto o porta mala, tirou as bagagens dos passageiros e decidiu voltar. O advogado alegou que a intenção “era assustar e acabou no evento morte”.
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