A vacina contra a Covid-19 agora faz parte do Calendário Nacional de Vacinação. A incorporação do imunizante no Programa Nacional de Imunizações (PNI) entrou em vigor nesta segunda-feira, 1º de janeiro, com foco em crianças de seis meses a menores de cinco anos e grupos prioritários, considerados de alto risco para formas graves da doença, como idosos, imunocomprometidos, gestantes, puérperas e pessoas com comorbidades.
Este ano, de acordo com o Ministério da Saúde, também serão disponibilizadas doses para atualização das cadernetas de vacinação de pessoas que ainda não concluíram seus esquemas vacinais ou possuem doses em atraso. A inclusão da vacina no calendário nacional segue a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e, assim como a vacina contra a Influenza, a imunização contra a Covid-19 será atualizada anualmente.
A inclusão da população infantil como grupo prioritário se dá pela gravidade da Covid-19 enquanto uma doença respiratória capaz de desencadear complicações sérias e óbitos em crianças com menos de cinco anos. De acordo com informações do Ministério, entre janeiro e novembro de 2023, 5.310 crianças receberam diagnóstico de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) devido à Covid-19, resultando em 135 óbitos, sobretudo na faixa etária abaixo de 1 ano.
A estratégia atualizada prevê ainda doses semestrais para indivíduos com 60 anos ou mais, imunocomprometidos, gestantes e puérperas. Para os demais grupos prioritários, a vacinação será anual, abrangendo profissionais de saúde, pessoas que residem em instituições de longa permanência, populações indígenas, ribeirinhas, quilombolas, entre outros. A decisão de incorporar a vacina ao calendário do PNI foi anunciada em outubro do ano passado.
Adicionalmente, o Ministério da Saúde anunciou no final do ano passado diretrizes aos profissionais de saúde para lidar com a "Covid longa", condição que afeta até 20% dos infectados pelo vírus, caracterizada por mais de 200 sintomas, que variam de manifestações gastrointestinais a neurológicas e psiquiátricas, como falta de ar, fadiga e disfunções cognitivas. A pasta informou que está financiando estudos para compreensão dessa condição.
Além disso, foi elaborada uma nota técnica para subsidiar os profissionais de saúde. Dados preliminares apontam que cerca de 40% das amostras analisadas no Brasil apresentam algum quadro pós-Covid, com prevalência em mulheres. A obesidade é considerada um fator de risco significativo, e os sintomas mais frequentemente observados foram falta de ar, fadiga e tosse, conforme destacado pelo Ministério da Saúde.
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