Hoje completa uma semana que o ex-deputado federal Wladimir Costa foi preso preventivamente sob suspeita de cometer uma série de crimes de violência política de gênero contra a deputada federal Renilce Nicodemos (MDB). A defesa de Wladimir realizou pedidos para conseguir a revogação da prisão ao longo da semana, porém, até o fechamento desta matéria, não houve resposta da juíza à frente do caso, Andrea Ferreira Bispo, do Tribunal de Justiça do Estado do Pará. O ex-deputado permanece detido no Complexo Penitenciário de Americano, em Santa Izabel.
Wladimir Costa foi detido pela Polícia Federal no Aeroporto Internacional de Belém na última quinta-feira (18), após um pedido do Tribunal Eleitoral Regional do Pará (TRE-PA). Segundo a PF, ele cometeu crime de violência política de gênero ao expor a vida privada da deputada paraense em suas redes sociais, onde transmitia frequentemente lives para disseminar boatos e discursos de ódio principalmente contra adversários políticos.
A parlamentar se manifestou no dia da prisão, afirmando em nota pública que o ex-deputado praticou contra ela "uma série de crimes", incluindo violência política de gênero, extorsão, injúria, difamação, perseguição e violência psicológica contra a mulher. O caso tramita em segredo de justiça na 1° Zona Eleitoral de Belém.
Essa não é a primeira vez que Wladimir Costa é acusado de crimes envolvendo ofensas, calúnias e difamação na internet. Ele já foi condenado anteriormente por ofensas publicadas em suas redes sociais contra artistas como Glória Pires, Wagner Moura e Gaby Amarantos, todas com o mesmo modus operandi, através de transmissões e publicações em seus perfis nas redes sociais, que inclusive foram bloqueados a pedido da Justiça.
A defesa do ex-deputado solicitou a revogação da prisão durante a audiência de custódia realizada na sexta-feira (19), alegando seus "bons antecedentes" e a condição de réu primário. O parlamentar passou o final de semana preso e seu advogado, Humberto Boulhosa, mantinha a esperança de que ele fosse solto “a qualquer momento”. No entanto, uma semana se passou e até o momento não há apreciação sobre o pedido.
A reportagem de O Liberal tentou contato com a defesa do ex-parlamentar, porém, as ligações não foram atendidas até o fechamento desta matéria.
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