Conforme antecipado com exclusividade por este CORREIO, Deidyelle Oliveira Alves está em liberdade. Ela é investigada por ocultar o cadáver da tatuadora Flávia Alves Bezerra. Deidyelle saiu da Unidade de Custódia e Reinserção Feminina (UCRF) de Marabá nos primeiros minutos do sábado (25), prazo final de sua prisão temporária.
Ao expirar o prazo, o advogado José Rodrigues compareceu ao complexo penitenciário de Marabá com o Alvará de Soltura em mãos. Da cadeia, Deidyelle foi levada não se sabe para onde, mas em Marabá ela não fica, por temer possíveis represálias, dada a repercussão do crime.
Nem mesmo os apelos em redes sociais e passeata feitos por familiares e amigos da vítima foram capazes de vencer a letra fria da lei. É que pessoas acusadas de ocultação de cadáver não podem ficar mais de 30 dias sob prisão investigativa. Findado o prazo, o investigado ganha o direito de responder em liberdade.
Mas Deidyelle permanece à disposição da Justiça, respondendo pela participação no crime que chocou Marabá. E, ao final, ela pegará, no máximo, 3 anos de prisão, caso seja condenada. Existem projetos para aumentar a pena para esse tipo de crime, mas por enquanto é isso mesmo: 3 anos no máximo.
Já o esposo de Deidyelle, William Araújo Sousa, está preso em uma das celas da Unidade de Reinserção de Regime Semiaberto (URRS) de Marabá, respondendo pelo crime de homicídio, cuja pena máxima é de 30 anos de reclusão, em caso de condenação pelo Tribunal do Júri.
O assassinato da tatuadora de 26 anos aconteceu possivelmente no dia 15 de abril, dentro do carro do acusado, com quem ela havia pegado uma carona, segundo investigação do Departamento de Homicídios da Polícia Civil.
O corpo dela foi enterrado em cova rasa na Vicinal 9, entre os municípios de Nova Ipixuna e Jacundá. William, que era colega de profissão da vítima, até hoje briga contra o farto material colhido em seu desfavor, negando a autoria do crime.
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