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Brasil JUSTIÇA

Chacina de Sinop: atirador é condenado a 136 anos de prisão

A chacina de Sinop (MT) aconteceu em 22 de fevereiro de 2023 e ganhou uma atualização passado todo esse tempo

16/10/2024 07h00
Por: Redação Plantão Fonte: Folhapress
Sete pessoas foram executadas na manhã de 22 de fevereiro de 2023 em Sinop (MT) | Reprodução/WhatsApp
Sete pessoas foram executadas na manhã de 22 de fevereiro de 2023 em Sinop (MT) | Reprodução/WhatsApp

A chacina de Sinop (MT) é um caso emblemático da violência que ganhou as manchetes dos jornais no ano passado. Sete pessoas foram executadas, sendo seis adultos e uma adolescente. O crime aconteceu em 22 de fevereiro de 2023. Passado todo esse tempo, ganhou uma atualização com a condenação de um de seus autores, Edgar Ricardo de Oliveira.

A Justiça de Mato Grosso condenou nesta terça-feira (15) Edgar Ricardo de Oliveira, 32, a 136 anos de prisão pela morte de sete pessoas, incluindo uma adolescente, em um bar em Sinop (MT). A chacina, ocorrida em fevereiro de 2023, foi cometida por Edgar e Ezequias Souza Ribeiro, que foi morto pela polícia após o crime. O preso disse que vai recorrer da decisão.

A condenação foi de 136 anos, 3 meses, 20 dias de reclusão e 31 dias-multa. A decisão dos jurados do Conselho de Sentença do Tribunal do Júri foi proferida na noite desta terça-feira (15). O julgamento começou na manhã desta terça no Fórum da Comarca de Sinop com sessão foi presidida pela juíza Rosângela Zacarkim dos Santos, da 1ª Vara Criminal da Comarca.

A Justiça determinou que o cumprimento da pena seja em regime inicial fechado. Edgar já está preso preventivamente (por tempo indeterminado) na Penitenciária Central de Mato Grosso, em Cuiabá.

A decisão também determinou que o preso pague um valor mínimo para reparação dos danos causados. Conforme a magistrada, a quantia mínima deve ser de R$ 200 mil a serem dividida entre as famílias das vítimas. O preso não terá que pagar o valor das custas processuais porque foi representado pela Defensoria Pública Estadual.

Ele confessou o crime. O preso participou da sessão por meio de videoconferência após manifestar interesse em não participar de forma presencial. A defesa de Edgar foi representada pela Defensoria Pública Estadual, que compareceu ao plenário do júri presencialmente.

À justiça, Edgar declarou que "nunca se importou com o dinheiro" dos jogos de sinuca que disputava. Ele argumentou que as competições eram um passatempo para ele, que se considerava um jogador, assim como era atirador. Segundo a versão do acusado, ele levava R$ 20 mil e até mesmo R$ 30 mil para os jogos e não se importava em perder valores.

O acusado reforçou por diversas vezes o argumento de que era empresário. Edgar afirmou que trabalhava na gestão de "10, 15" obras ao mesmo tempo e voltou a rebater as informações de que a chacina teria ocorrido devido a ele e Ezequias terem perdido a aposta da sinuca: "é tudo julgamento que estão colocando sem saber dos fatos, do que aconteceu".

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