O crime organizado ainda é uma realidade que permeia a sociedade brasileira e precisa ser combatido pelo Estado para garantir a segurança pública. O avanço das facções vulnerabiliza crianças e jovens, estimula a prática de diversos crimes e viola direitos humanos.
Como forma de coibir tal prática, a Polícia Civil do Pará, em uma ação conjunta com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, atuou desde o início da manhã desta terça-feira (3) na Operação Torniquete.
A operação foi deflagrada na cidade do Rio de Janeiro. Durante as ações, duas mulheres, integrantes de uma organização criminosa, que atua no Pará cometendo extorsões contra comerciantes e empresários, foram presas no complexo da Penha.
Segundo o Delegado-Geral da Polícia Civil do Pará, Walter Resende, o trabalho de investigação segue sendo realizado continuamente e o Estado está empenhado para localizar membros de facções criminosas que estão em outros estados.
“Hoje demos cumprimento a mandados de busca e apreensão e também localizamos duas mulheres faccionadas, responsáveis por praticarem e articularem extorsões contra comerciantes e empresários no Pará, além disso, atuam como articuladoras financeiras dentro desse grupo criminoso. Nós vamos seguir atuando muito fortemente para que outros membros de facções criminosas sejam presos e o crime organizado, cada vez mais, desarticulado”, afirmou Walter Resende.
Durante as diligências no Complexo da Penha, Zona Norte, equipes especializadas da PCPA localizaram e prenderam uma mulher faccionada, condenada há 12 anos de prisão por crime organizado. Ela estava foragida do sistema penal do Pará. A acusada também atuava como responsável pelas transações financeiras do grupo criminoso, inclusive de valores obtidos por meio de extorsões de empresários e comerciantes do Pará.
Com informações do trabalho de inteligência, uma segunda mulher, de 20 anos, integrante da mesma facção, também responsável, com o marido, que está foragido, de praticar extorsões contra empresários e comerciantes dos bairros da Pratinha, Tenoné e Tapanã, em Belém. A prática do crime é feita a distância, via telefone.
Também foi apreendida uma estufa caseira para plantio de maconha na casa de uma liderança que atua no Pará. O suspeito não estava no local no momento da apreensão.
Equipes das agências de inteligência do Pará trabalham nas investigações sobre as ações criminosas continuamente, e diante de informações obtidas desde o primeiro semestre de 2024, solicitaram a integração de uma ação junto a PCRJ para localizar alvos que estão escondidos no estado.
A ação visa localizar faccionados, como as duas mulheres presas, que tem praticado extorsões a comerciantes e empresários, e ainda, atentados e homicídios contra agentes de segurança pública no Pará.
Dez pessoas foram presas em toda a ação integrada. Os agentes também estouraram um call center do crime e dois locais de refino de droga. Também localizaram loja de receptador ligado a liderança do tráfico.
Além disso, foram apreendidos mais de uma tonelada de drogas, carga roubada, peças de fuzis desmontados, carregadores, roupas táticas, celulares e anotações do tráfico. Ainda na operação, 15 veículos produtos de crimes também foram recuperados.
Mais de 900 agentes de segurança pública, veículos blindados e aeronaves participaram das ações que iniciaram ainda na madrugada desta terça-feira, 3, com um briffieng na Cidade da Polícia, no bairro Jacaré, em seguindo tendo os agentes deslocados até a comunidade da Penha.
Entre os agentes das forças de segurança, estavam: tropas de elite de Inteligência, Policiais Civis de várias Delegacias do Estado do Rio de Janeiro, Batalhão de Operações Especiais (BOPE/RJ), Gaeco/RJ junto a Polícia Civil do Pará, por meio da Divisão de Homicídios, Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), Divisão de Homicídios (DH), Núcleo Integrado de Operações (NIP), Coordenadoria de Recursos e Operações Especiais (CORE/PA e RJ), Delegacia de Repressão a Facções Criminosas.
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