Até onde se sabe, Manoel Vaz da Silva Júnior é o primeiro artista e produtor cultural da região sudeste do Pará a receber indicação para a honraria “A Cruz do Mérito das Artes do Palco”, grau comendador. A cerimônia que irá entregar a ilustre condecoração, acontece em 4 de novembro, durante o IV Encontro de Notáveis da Amazônia, realizado na cidade de Santarém.
A indicação veio através da Câmara Brasileira de Cultura e da Academia de Ciências e Artes, após extensa análise documental, pesquisa pública e da Sessão Ordinária do Conselho. Ela contempla os 24 anos de profissão de MC Junior Vaz Canaã (como é conhecido artisticamente).
Ele é ator, apresentador, mestre de cultura popular amazônica e trabalha com teatro, cinema e televisão. Recheando ainda mais esse currículo, ele também integra o Conselho Estadual de Mestres de Cerimônia
Atualmente cursando a faculdade de Artes Visuais na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa), sua primeira formação, em Administração, passou bem longe dos palcos. Mas o dom que nasceu com ele não ficou escondido por muito tempo.
“Mesmo assim eu descobri meu talento e comecei a fazer arte de forma amadora. Tive a oportunidade de uma bolsa no Rio de Janeiro, adquiri o profissionalismo e a parte técnica da coisa”.
Por lá, ele trabalhou profissionalmente em novelas e filmes.
Júnior fundou uma escola de teatro em Canaã, há dois anos. No local são oferecidas aulas de dança, além das oficinas de teatro.
“Quando eu tinha 12 anos de idade, em 1998, comecei a fazer teatro amador”, relembra. Ele ressalta que o mercado artístico da região é parado e que o movimento maior é na capital paraense e no sudeste do país.
ORIGENS
Nascido em Pindaré Mirim, interior do Maranhão, Junior Vaz chegou a Canaã em 1989, com apenas dois anos de idade. Paraense de coração, ele logo submergiu na cultura local e emergiu no cenário nacional alguns anos depois.
“Quando nós chegamos em Canaã, lá era a Vila Cedere II. Foi lá que eu cresci, me entendi por gente, fiz o primário, secundário, fundamental, médio e a minha primeira graduação. De Canaã foi que eu saí para o mundo e tive a oportunidade de fazer teatro no Rio de Janeiro e em São Paulo”, resume.
Para o futuro, Júnior prepara a comemoração de seus 25 anos como artista e garante que haverá uma grande festa em 2024.
Aproveitando a oportunidade de passagem pela Redação do CORREIO nesta segunda-feira, ele agradeceu à artista Vitória Barros e sua irmã e gestora cultura Ieda Barros, nomes fortes no cenário artístico e cultural de Marabá e que de certa forma, apadrinharam os caminhos de Júnior na cidade.
“Sou grato aos grupos e movimentos (culturais) e, também, quero agradecer os meus professores da Unifesspa, que sempre me apoiam. Inclusive eles estão ajudando na questão de passagem e alimentação. E a minha família, que é o principal de tudo”. (Luciana Araújo)
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